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METÉRIA PUBLICADA NO ESTADÃO - COLUNA SAÚDE - 10/07/2022, 05h00


Clientes elogiam acompanhamento de perto pelas equipes e acesso das startups, mas há dúvidas sobre sustentabilidade do modelo. Há ao menos 34 empresas do tipo no País






Após perder o plano de saúde por causa do desemprego ou das altas mensalidades, clientes encaram as healthtechs como alternativa ao Sistema Único de Saúde (SUS). O número de startups que oferecem o serviço no Brasil praticamente dobrou nos últimos quatro anos, segundo levantamento da plataforma de inovação Distrito.


Pacientes traumatizados por experiências ruins na relação com médicos e operadoras tradicionais vêm elogiando o acolhimento dos prestadores de serviço das healthtechs, o intenso uso de tecnologia e os preços mais baixos. Mas nem todos os clientes se adaptam ao novo modelo e há, entre especialistas, dúvidas sobre o futuro financeiro das empresas.


Até o fim de junho, havia 34 healthtechs desse tipo em operação no País. No fim de 2018, eram 18. Segundo algumas das principais empresas do setor (QSaúde, Sami, Alice e Kipp Saúde, do Grupo Omint), houve alta da procura e da efetivação dos contratos nos últimos dois anos. Muitos dos clientes dessas empresas estavam sem cobertura de saúde suplementar antes de contratá-las. De quase 9 mil clientes da Sami, mais de 75% não tinham plano. Quase metade (45%) dos cerca de 13 mil clientes da QSaúde estava na mesma situação.


"A procura dos consumidores por healthtechs tem aumentado, assim como a familiaridade e a satisfação com esse tipo de empresa digital", diz o médico Vitor Asseituno, presidente e co-fundador da Sami. Lá, 75% dos atendimentos feitos pelos times de saúde (formados por médico de família, enfermeiro e coordenador de cuidado) são na via digital.


Sob o conceito de atenção primária, cuja lógica é acompanhar clientes para prevenir e evitar o agravamento de doenças e, assim, reduzir custos, elas representam concorrência saudável a operadoras convencionais e causam mudança de práticas da saúde suplementar.


O total de clientes da operadora Alice cresceu dez vezes de dezembro de 2020 a dezembro de 2021, diz a empresa. De 674 membros para 6 mil. Hoje, tem cerca de 10 mil membros.


"Buscamos promover a saúde de maneira mais humana e eficiente para nossos membros", diz André Florence, CEO e co-fundador da empresa. O modelo da Alice tem quatro pilares: foco em atenção primária e coordenação de cuidado; acompanhamento próximo de todas as necessidades de saúde do cliente; intenso uso de tecnologia e remuneração dos prestadores conforme a satisfação do cliente e o desfecho clínico alcançado.


Acolhimento

Após pedir demissão da empresa onde trabalhou por 20 anos e abrir mão de plano, carro e outros benefícios, a empresária Charmene de Cara, de 38 anos, pesquisou as propostas das startups e escolheu a Alice. "Desconfio de convênios porque tenho doenças crônicas e sofri muito com a saúde suplementar", diz. "Acho que os médicos da Alice fazem 'intensivão' em empatia. Nunca me senti tão acolhida e vi minha saúde ser cuidada de forma global. O plano aceitou até incluir na mensalidade a assessoria de corrida que eu pagava à parte", afirma.


Healthtech

A empresária Charmene de Cara, de 38 anos, contratou uma startup de saúde: "O plano aceitou até incluir na mensalidade a assessoria de corrida que eu pagava à parte". Foto: Felipe Rau/Estadão

Segundo Vanessa Gordilho, diretora-geral da QSaúde, um desafio tem sido apresentar ao público o modelo. "Enquanto planos tradicionais pouco ou nada sabem sobre seus clientes, apenas pagam despesas e depois repassam gastos para o reajuste anual, acompanhamos o prontuário de cada cliente para cuidar efetivamente da sua saúde." Lançada em outubro de 2020, auge da pandemia, a QSaúde alcançou cerca de 13 mil clientes, em 2022, cerca de mil novas vidas por mês.


"Ter plano de saúde está no topo dos benefícios mais desejados pelos brasileiros. A Kipp Saúde foi planejada para pessoas que buscam atendimento efetivo, mais tecnológico e facilitado", diz Cícero Barreto, diretor comercial e de marketing do Grupo Omint.


Futuro

Para quem exige acesso direto a médicos especialistas e uma lista com muitos hospitais e laboratórios, startups podem não ser boa opção. Em geral, elas têm contratos com número limitado de prestadores de serviço e algumas dão remuneração atrativa a especialistas que aceitam atender clientes delas com exclusividade. Assim, garantem que o médico prescreva medicamentos conforme lista combinada previamente (em geral, remédio de bons resultados de saúde a preço aceitável) e não pedem exames em excesso e procedimentos desnecessários.


Para especialistas, é impossível exercer esse controle se um plano oferece dezenas de hospitais e centenas de médicos. "Healthtechs têm redes enxutas, mas não é necessariamente ruim. É o futuro", diz Gustavo Gusso, da Faculdade de Medicina da USP. "Em 10 anos, provavelmente as grandes operadoras também oferecerão poucos prestadores. Do contrário, os planos serão inviáveis. Precisamos nos acostumar com essa mudança."


Apesar da boa impressão inicial relatada por clientes, há dúvidas sobre o modelo de negócio. A Sami demitiu 75 funcionários (15% do quadro) em junho. A base da saúde suplementar é o mutualismo, assim como na seguridade social. Planos coletam dinheiro dos saudáveis e usam para pagar a conta dos doentes. É bem difícil ter mutualidade com menos de 30 mil clientes (marca que nenhuma healthtech atingiu).


Healthtechs

A fisioterapeuta Alana Bastos, de 26 anos, aconselha que as pessoas avaliem o risco individual antes de contratar o plano das startups de saúde. Foto: Taba Bendicto/Estadão

Se um plano tem 300 pessoas e uma delas sofre acidente e fica longo tempo na UTI, o reajuste será elevadíssimo porque o custo do tratamento será rateado entre os membros desse pequeno grupo. Não se sabe também se a necessidade de passar pela equipe de atenção primária representará um filtro tão fechado a ponto de o paciente não chegar aos especialistas, caso adoeça e precise de recursos dispendiosos.


Cliente da Sami, a fisioterapeuta Alana Pereira Bastos, de 26 anos diz estar satisfeita com o atendimento, os agendamentos pelo celular e o acesso a bons hospitais, mas aconselha avaliar bem. "Como não tenho doença que exija tratamento longo e dispendioso, achei que valia a pena a mensalidade baixa e correr o risco de a empresa não dar certo e os clientes ficarem sem assistência", diz. "Para a pessoa com doença grave, é preciso refletir bem e avaliar prós e contras."

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METÉRIA PUBLICADA NO ESTADÃO - COLUNA E | INVESTIDOR - 10/05/2022, 10h00 editada em 10h09


Ao E-Investidor, o jornalista detalhou a sua trajetória para conquistar a independência financeira


Para o jornalista, o primeiro passo para investir é saber poupar (Foto: Mauricio Kessler/Toro Investimentos)

  • Aos 40 anos, Evaristo Costa deixou a televisão para morar na Europa com a família. A mudança só foi possível após o ex-apresentador conquistar a sua tão sonhada independência financeira

  • A trajetória não foi fácil. Por mais de 20 anos, o jornalista destinou parte do seu salário para os investimentos

  • Mesmo com mais conhecimento sobre finanças, Costa ainda se considera um investidor "conservador"

Foram mais de 20 anos de dedicação para alcançar a tão sonhada independência financeira. Aos 40 anos de idade, o jornalista Evaristo Costa deixou a televisão para dar uma reviravolta na sua vida pessoal e profissional. Mas o planejamento veio muito antes de ser conhecido nacionalmente. Desde o primeiro emprego ainda na adolescência, o ex-apresentador já tinha o hábito de economizar.


“Eu só tinha a ideia de juntar dinheiro. Eu não tinha objetivo”, conta Costa em entrevista ao E-Investidor. Graças a esse esforço feito desde cedo, o jornalista conta que hoje tem o privilégio de alinhar as demandas do trabalho com a rotina da família sem precisar estar “preso” a uma carga horária semanal. “Eu tenho mais reuniões e tenho mais entregas para fazer na minha rotina, mas tudo é no meu tempo sem prejudicar a minha vida e a da minha família”, ressalta.

Para ele, a liberdade de escolha sobre como, quando e para quem trabalhar é o verdadeiro significado de independência financeira. Mas para alcançar essa condição estável, a trajetória foi árdua. Sem muita informação sobre finanças, o ex-apresentador destinou os seus recursos apenas para um tipo de investimento: a aposentadoria privada. “Eu não tive ajuda de ninguém. Fiz tudo sozinho”, relata.


Agora com mais conhecimento sobre finanças, Costa fez parceria com a Toro Investimentos neste mês de maio para ajudar a simplificar a trajetória das pessoas que buscam o mesmo status financeiro. O jornalista vai produzir conteúdos sobre educação financeira.

Ao E-Investidor, Costa detalhou a sua trajetória financeira e a sua relação com o mundo dos investimentos. Confira abaixo os principais trechos da entrevista!


E-investidor:O que lhe motivou a ter um planejamento financeiro desde os 13 anos? A vontade de ter independência financeira surgiu desde lá?


Evaristo Costa: Na minha casa, eu não tinha ninguém que tivesse esse conhecimento financeiro até sobre as finanças de casa, sabe? Colocar no papel o quanto você gasta, o quanto você tem e o quanto você pode gastar. Nunca tive isso na minha casa.

Quando eu comecei a trabalhar aos 13 e 14 anos de idade, passei a juntar dinheiro. Colocava em um “porquinho” ou deixava na carteira. Quando eu entrei na faculdade, tive a oportunidade de abrir uma conta bancária. Peguei meu dinheiro e coloquei na poupança. Eu só tinha a ideia de juntar dinheiro. Eu não tinha objetivo.

Quando entrei na TV, eu tinha 18 anos de idade. O meu padrão de salário mudou do que ganhava antes. Então, passei a guardar de 10 a 20% do meu salário. Foi aí que eu tive a ideia: “se eu continuar guardando, eu posso parar de trabalhar mais cedo”. A partir daí, eu não tive ajuda de ninguém. Fiz tudo sozinho. Todo o dinheiro foi alocado em um único lugar. Pensei só na minha aposentadoria, ou seja, fiz um plano de previdência privada.

Eu tive várias tentações de como eu poderia ter usado esse dinheiro, mas não fiz. Chegar aos 40 anos de idade e ter conquistado a minha independência financeira foi um alívio para mim.


E-Investidor – Quais foram as tentações?


Costa: Quando era mais novo, a tentação era ter um carro. Depois, foi a tentação de comprar uma casa. Em alguns momentos, pensei: pego esse dinheiro e compro uma casa à vista ou mantenho esse dinheiro e faço um parcelamento. Para mim, foi muito ruim não ter o conhecimento (de investimento) e não ter as pessoas especializadas para me indicar o que eu deveria fazer naquele momento. Posso ter perdido muito dinheiro ao longo do caminho. Com a visão de hoje, poderia ter diversificado no lugar de investir em um só lugar, como a aposentadoria privada.


Se você iniciasse a sua trajetória hoje com a disponibilidade de informações sobre finanças, o que você teria feito de diferente? Como seria a sua diversificação?


Costa: Eu não sou um especialista em investimentos, mas eu comecei na poupança. Hoje, eu sei que a poupança não é um investimento adequado para nenhum tipo de aporte. Então, já não faria mais. Eu fiz todas as minhas alocações em aposentadoria privada por muitos anos.

Mas é importante dizer que sou um investidor muito conservador. Eu mantenho meus “pés no chão”. Tenho medo de perder muito dinheiro. Então, prefiro ter rendimentos mais baixos e correr menos risco. Então, a minha principal mudança seria não investir mais em poupança e diversificar. A minha carteira estaria como está hoje com um “leque” de opções. Se eu perder de um lado, ganho de outro.


A sua carteira hoje é diversificada, mas você se considera conservador nos investimentos. Isso quer dizer que seus recursos estão mais alocados em renda fixa?


Costa: O meu “leque” de opções é mais aberto para investimentos moderados e conservadores e é mais fechado para aplicações arriscadas, como as ações, por exemplo. Eu preciso ter pessoas especializadas que estejam atentas ao que está acontecendo no mercado para me indicar onde e quando devo alocar. Eu não consigo ficar o dia todo acompanhando o sobe e desce do mercado. Isso para mim é muito difícil porque não tenho tempo nem “coração” para isso. Então, nos investimentos que são de maiores riscos, eu tenho menos alocação.


Como você define o conceito de “independência financeira”? É a ideia de nunca mais precisar trabalhar?


Costa: Nos meus últimos 20 anos, eu tive um trabalho que me consumiu bastante. Entrar todos os dias ao vivo foi algo que me deixou extremamente com o sangue “duro” porque exige de você atenção e outros fatores para você estar ali ao vivo todos os dias. Era o que eu queria, mas não era fácil.

Então, na hora que eu falo conquistar a independência financeira, é o momento em chegar para o meu chefe e dizer: “obrigado pela oportunidade. Foi maravilhoso, mas vou buscar outros caminhos para mim. Eu tenho a possibilidade de fazer outras coisas com mais calma e com menos rotina. É no meu tempo junto com a minha família.

Eu vejo que o conceito de independência financeira é ter o poder de escolher o que eu quero fazer hoje. Eu estou trabalhando muito mais do que trabalhava antes para muito mais empresas e mais pessoas. Eu tenho mais reuniões e tenho mais entregas para fazer, mas tudo é no meu tempo sem prejudicar a minha vida e a da minha família.


Quais são as principais dicas financeiras que todo brasileiro deveria seguir?


Costa: A gente pensa que as pessoas já estão dois a três passados na frente achando que elas estão preparadas para investir, mas na verdade estão dois a três passos para trás. Então, precisamos recuar um pouco e voltar a ensinar desde o início. Precisamos ensinar educação financeira para as pessoas e mostrar o que elas têm para gastar e o quanto pode sobrar. A partir daí, a gente pode incentivar as pessoas a investir.

Sem isso, não tem como fazer qualquer investimento. Depois, identificar o quanto você pode investir por mês. Não adianta você investir um mês e passar 11 meses sem investir. O dinheiro não vai “crescer” o quanto você gostaria. É preciso ter uma regularidade.



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  • menseseguros

Atualizado: 18 de abr. de 2022

Quando falamos sobre proteção para pessoas e bens materiais as necessidades vão mudando a cada fase da vida. Com a pandemia da Covid-19, a digitalização dos negócios no mercado de seguros foi acelerada, o que fez com que o setor tivesse de se adaptar para oferecer soluções que atendessem aos novos hábitos de consumo. Além disso, houve diversas mudanças regulatórias promovidas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). Portanto, quais seriam as principais tendências do mercado para 2022? Veja o que executivos do setor tem a dizer sobre cada uma delas:


Diminuição da burocracia

Muitas pessoas afirmam deixar de adquirir uma apólice de seguro pelo fato de ser um ser um processo burocrático. Algumas seguradoras mais tradicionais pecam nesse requisito, impondo uma série de complicações, o que é negativo para as empresas e para o setor, que acaba não aumentando o seu nível de penetração.

“O movimento de digitalização e desburocratização que tem marcado o setor bancário são tendências há algum tempo, e também se verificam em seguros, com as insurtechs e healthtechs. Para além do teleatendimento médico e teleorientação odontológica, as seguradoras trabalham para tornar as contratações e o relacionamento com clientes totalmente online, sem deixar para trás nenhum elo do segmento”, afirma Rodrigo Borges, superintendente Comercial e de Produtos Vida, Previdência e Ramos Elementares da Seguros Unimed.


Maior valorização do seguro de vida

Segundo dados da Susep, os seguros de vida registraram aumento de 14,6% no primeiro trimestre de 2021, em relação ao mesmo período de 2020. O produto oferece cobertura para morte, morte acidental e invalidez, além de cobrir também as despesas do funeral, médico-hospitalares e tratamento de doenças graves, como AVC, câncer e melanoma, insuficiência renal terminal e outros.

“Com a chegada da pandemia e a instabilidade socioeconômica trazida por ela, as pessoas se atentaram ao fato de que o seguro de vida não cobre apenas morte, mas também acidentes e outras eventualidades que ocorrem ao longo da vida. Acreditamos que essa tendência seguirá forte em 2022. Aqui também podemos apontar o seguro de vida como parte importante no planejamento das finanças da família, considerando os imprevistos em vida ou a proteção monetária familiar, em caso de morte do provedor da casa”, diz Borges


Open Insurance

Recentemente a primeira fase de implementação do Open Insurance entrou em operação, se estendendo até 30 de junho de 2022 e dando início ao compartilhamento de dados públicos sobre canais de atendimento e produtos de seguro, previdência complementar aberta e capitalização disponíveis para comercialização. O sistema irá garantir um acesso mais fácil para o consumidor aos produtos e serviços disponíveis no setor, criando condições mais favoráveis, por isso, continua como uma das tendências para 2022.

“Com a mudança no comando da Susep, algumas medidas devem ser reavaliadas, como as SISS (Sociedades Iniciadoras de Serviço de Seguro), mas não há dúvidas de que o Open Finance como um todo é uma grande oportunidade para conhecer melhor o consumidor e oferecer produtos customizáveis, de acordo com as suas demandas. Contudo, apesar de ser muito importante, o seu verdadeiro impacto em 2022 vai depender bastante de como o projeto irá andar ao longo dos próximos meses e da receptividade do público quando estiver totalmente operacional”, ressalta Flávio Otsuka, diretor de Marketing e Estratégia de Crescimento da Tokio Marine.


ESG

O ESG (Environmental, Social and Governance; ou Ambiental, Social e Governança, em tradução livre) são tendências no mundo todo e chegaram para mostrar que as empresas devem priorizar vários fatores além do lucro, como cuidar do meio ambiente, ter responsabilidade social e adotar melhores práticas de governança. De acordo com um estudo realizado pelo The Boston Consulting Group (BCG), as companhias que têm boas práticas nesses campos apresentam resultados melhores ao longo do tempo, e o conceito também pode ser critério de escolha dos investidores.

“O pilar ambiental da teoria ASG deve se sobressair em 2022 com o aumento da preocupação da sociedade com as mudanças climáticas e isso, certamente, terá impacto em nossos processos decisórios, tanto na parte de subscrição quanto de sinistros, assim como na seleção de parceiros/fornecedores e transição para energia limpa/redução das emissões”, diz Otsuka.


Autosserviço

A aceleração da digitalização foi alavancada pela pandemia, o que acabou trazendo maior autonomia para os consumidores e tornando desnecessária a necessidade de intermediários em diversos processos. No mercado de seguros, a prova viva dessa tendência foi a realização de vistorias e sinistros online, onde o próprio segurado envia a foto do imóvel ou de um acidente que ocasionou um amassado no automóvel.

“A demanda do consumidor e do corretor de seguros pelo autosserviço se consolidou na pandemia e certamente, no cenário pós-pandêmico, será mandatório às companhias ofertarem um leque cada vez maior de serviços à disposição de seus clientes. Interessante notar que os canais de autosserviço não se limitarão aos portais das Seguradoras, sendo importante a integração das companhias às redes sociais, como WhatsApp e Facebook”, afirma Renato Pedroso, CEO da Previsul Seguradora.


Inovação em cobrança

Desde novembro do ano passado, o Banco Central implementou o PIX como forma de pagamento. O modelo veio para transformar o mercado financeiro nacional, proporcionando mais agilidade em realizar pagamentos e transferências para qualquer pessoa e em qualquer lugar, além de diminuir os custos de transações bancárias, o que se caracteriza em tendências também para as empresas do mercado de seguros.

“A cobrança do seguro, que até pouco tempo atrás contava com opções de cobrança via débito em conta e boleto, ganhou opções importantes como a recorrência via cartão de crédito, além do PIX e débito em conta. Essa multiplicidade de meios de cobrança certamente tem ajudado o mercado securitário a avançar mesmo durante a pandemia, já que oportuniza a viabilidade da vigência imediata. A evolução e maior difusão do PIX no cenário pós-pandêmico certamente auxiliará na boa percepção da jornada de contratação pelo consumidor”, diz Pedroso.


Fonte: Nicole Fraga / Revista Apólice

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